2º Mandamento - Êxodo 20:4-6 - Não farás para ti
imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem
em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não te encurvarás, não
as adorarás, não as dará culto e nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito
a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me
aborrecem e faço misericórdia até mil gerações aos
que me amam e guardam os meus mandamentos.
Quando falamos nos mandamentos, é comum
a assimilação com os 10 mandamentos do catolicismo romano. Ainda que hajam
semelhanças, por exemplo: que Roma afirme
a Trindade, assim como o nascimento virginal e a ressurreição de Cristo e afirme
que a Bíblia é a Palavra de Deus, uma coisa que não temos em comum, todavia,
são os Dez Mandamentos. Para deixar claro, as Bíblias católico romanas incluem
Êxodo 20 e Deuteronômio 5. Mas Roma separa aquele que chamamos o décimo
mandamento em dois, sendo o nono “Não cobiçarás a mulher do teu próximo” e o
décimo, “Não cobiçarás os bens do teu próximo”. Contudo, Roma não termina com
onze mandamentos, porque ela combina aqueles que consideramos ser o primeiro e
o segundo.
A divisão do décimo mandamento,
provavelmente, soa artificial e não-natural a qualquer leitor, mesmo os menos
estudados. Muitos protestantes têm apenas um entendimento obscuro da diferença
entre o primeiro e o segundo mandamentos. O primeiro nos proíbe de termos
outros deuses diante de Deus; o segundo proíbe a feitura de imagens esculpidas.
Muitos podem perguntar: Não são ambas simples ordenanças a que não adoremos
falsos deuses e, em vez disso, adoremos apenas o Deus vivo e verdadeiro?
De
modo algum. O primeiro mandamento, de modo mais do que suficiente, lança fora
qualquer forma de adoração a qualquer outro além do Deus vivo. Se você faz isso
por meio de imagens esculpidas não importa. O segundo mandamento explora uma
questão diferente: ele proíbe a adoração ao Deus
verdadeiro pelo uso de imagens.
Lembra-se de quando Arão fez o bezerro
de ouro? Ex 32.4 - Arão na verdade disse: “Amanhã, será festa ao SENHOR”. O
bezerro de ouro era menos uma violação do primeiro mandamento e mais uma
violação do segundo.
Nós chegamos à mesma distinção ao
considerarmos as nossas próprias inclinações. Uma vez que a maioria de nós
ocidentais, crentes ou não, não somos dados a nos inclinar perante estátuas,
podemos ser tentados a pensar que a idolatria ficou para trás. Mas, em nossos
momentos mais honestos, nós reconhecemos que temos construído os nossos
próprios deuses das coisas que mais desejamos; para alguns, dinheiro, para
outros, reputação, e assim por diante. Tudo isso é verdade. Mas, de novo, isso
é mais um problema do primeiro mandamento do que um problema do segundo
mandamento.
Considerando, então, que não somos tão
inclinados a nos curvar perante estátuas, incluindo estátuas designadas para
representar o Deus vivo e verdadeiro, isso significa que nós superamos o segundo
mandamento? Talvez não! Quebramos o segundo mandamento quando buscamos adorar o verdadeiro Deus por meio de imagens, incluindo imagens
construídas em nossas próprias mentes. (Lembre-se de que poucas
pessoas, se é que alguma, de fato creram que o deus por elas construído era um
deus verdadeiro. Mesmo as sociedades mais primitivas viam estátuas e imagens como
auxílios para a adoração, ferramentas pelas quais um deus real recebia
adoração, não como os próprios deuses.)
Muitos na atualidade, deram um nome ao
deus o qual creem existir e adoram esse deus por meio de uma imagem que
construíram. Eles chamam o seu deus de “Deus-para-mim”. Você certamente já
ouviu gente dizendo: “Bem, Deus-para-mim é como uma força amorosa que me
envolve” ou “Deus-para-mim deseja que eu faça o que achar melhor”. Não deveria
nos surpreender que o molde de Deus-para-mim, a forma a qual buscamos copiar ao
construí-lo, somos nós mesmos. De fato, se fossem apenas um pouco mais
honestos, eles confessariam que o nome do seu deus é “Deus-sou-eu”.
Os Dez Mandamentos, embora sejam
universalmente obrigatórios, foram dados primariamente ao povo pactual de Deus.
E Deus nunca desperdiça seu fôlego. Se o povo de Deus, então, precisava ser
alertado contra a idolatria, pode acreditar que é porque nós idolatramos
também. Às vezes, a nossa idolatria aparece em nossos debates teológicos.
Quantas vezes você ouviu alguém dizer (ou você mesmo o disse): “Eu jamais
poderia adorar um deus que…”? Se o que vem em seguida for algo que de fato
descreva o Deus da Bíblia, então essa é uma confissão de que eu jamais poderia
adorar o verdadeiro Deus. Quando dizemos: “Eu prefiro enfatizar o Deus mais
gentil do Novo Testamento”, estamos cometendo idolatria (e nos esquecendo de
que Deus matou só um homem inocente uma única vez, e foi no Novo Testamento).
Nós temos “Deuses-para-mim” demais até mesmo na igreja evangélica.
O segundo mandamento ordena que
adoremos a Deus como ele é e que o façamos como ele ordenou, ele nos diz que o
nosso dever é crer, aprender, amar e adorar o Deus que é, não o deus que
gostaríamos que ele fosse.
Se tivermos um conceito tortuoso de Deus, tanto nossa vida quanto
nossa adoração serão igualmente empenadas. Deus é um Deus indescritível. É uma
tarefa permanente libertar-nos das nossas próprias imagens de Deus. Tendemos a
moldar Deus de acordo com a nossa própria imagem e semelhança. Dessa forma,
acabamos fazendo para nós uma imagem ao invés de termos um Deus.
JESUS CRISTO É A PERFEITA IMAGEM DE DEUS
Hebreus 1:3 - Colossenses
1:15
Devemos contemplá-lo através da Palavra revelada pelo Espírito e
por meio da adoração.
|
Não - Ex 20:4, Dt 4:16-18, 4:23, 5:8,
27:15 - Aparente ‘sim’ -
Ex 25:18, 25:20, Nm 21:8
|
...Argumentos sobre idolatria e alguns textos usados para tal – Muitos dizem que não idolatram apenas possuem uma imagem como um retrato, para lembrar, mas, suponhamos que uma certa mulher entre numa sala e encontre seu marido abraçado com outra. Ele enxerga a esposa com o canto dos olhos e diz: “Veja bem, querida. Não quero que você entenda mal as coisas. Eu explico. Essa mulher aqui é tão linda que me lembrou de você. Na verdade, eu estava apenas pensando em você enquanto a abraçava”. Ninguém engoliria essa história! Porque esperamos que Deus aceitaria? (Êx 20.5 – “zeloso” ciumento).
Vejam que neste caso, a Serpente de bronze havia sido transformada em um objeto de adoração e foi reprovada por Deus. Deus ordenou que Moisés a fizesse por um outro propósito. O propósito era que o povo olhasse para ela e visse que:
1. Eles pecaram contra Deus;
2. Eles estavam morrendo;
3. Eles estavam morrendo por causa do veneno das serpentes;
4. Eles estavam dependendo da Salvação que vinha de Deus. Foi Deus quem ordenou a Moisés que fizesse a Serpente de bronze. Se Deus não tivesse intervindo, todos eles morreriam.
5. Eles deveriam obedecer a Deus e por meio de um ato de fé crer não na Serpente em si mesmo, mas na ordenança de olhar para a Serpente e esta se tornaria como que um lembrete para não pecarem mais. Quem não obedecesse ao que Deus ordenou morreria mesmo se achasse a ordenança um absurdo.
Os Querubins da Arca da Aliança: A Arca da Aliança permanecia o tempo todo no Santo dos Santos e raramente era vista pelo povo de Israel. Ela era o símbolo da presença de Deus. Porém ela não deveria ser vista como um deus ou o próprio Deus. Apenas em ocasiões especiais ela era retirada do Santo dos Santos (Js 6:6; 2 Sm 11:11). Talvez Deus assim o fizesse para evitar que o povo fizesse dela um objeto de adoração como aconteceu em 1 Samuel 4:1-11- Note que Israel perdeu a guerra quando desassociou Deus do objeto Arca da Aliança. Eles depositaram sua confiança no objeto em si. Diante disto, Deus demonstrou a eles que não era o objeto que cuidava deles e diante disto permitiu que sofressem a derrota na mão dos filisteus.
0 comentários:
Postar um comentário