quarta-feira, 18 de maio de 2016

Os 10 Mandamentos 3º- Não tomarás o nome do Senhor em vão


O nome de Deus é tão importante ao ponto de ser solenemente protegido nos Dez Mandamentos por uma proibição de que se tome seu nome em vão (Êx 20.7). A violação dessa lei é uma ofensa capital - Lv 24.16. Levítico cita uma variedade de exemplos do que esse abuso do nome divino inclui: oferecer os filhos a Moloque (Lv 18.21), jurar falsamente (Lv 19.12), os sacerdotes cortarem as extremidades da barba (Lv 21.5-6). Essa grande variedade de violações ao mandamento mostra que tomar o nome do Senhor em vão envolve não apenas falá-lo de modo errado, mas inclui vivê-lo de modo inadequado.

Êxodo 20:7 -O mandamento contra o uso indevido do nome de Deus, ensina que as pessoas não podem tomar algo que é sagrado e empregá-lo de forma indevida (em vão).   Vamos ver a seriedade e o santo temor nos quais devemos estar perante o nome de Deus. Pois o nome de Deus é certamente o assunto deste mandamento.
Será que este mandamento se refere a apenas dominarmos a nossa língua para não misturarmos o nome de Deus em expressões banais, tais como: "Meu Deus do Céu", "Deus é brasileiro", "Ai meu Deus" ou "Por Deus"? Ou ainda "Se Deus quiser", "Que Deus te ajude e a mim não desampare"? Será mesmo que o terceiro mandamento se refere exclusivamente a esses ditados populares que sequer existiam na época em que ele foi proferido por Deus?
A ética de Jesus é a ética dos Dez Mandamentos. Ele ensinou o Seu povo a viver por essa regra e Ele mesmo o fez. Ele é a própria encarnação da obediência a Deus; em nenhum outro lugar os Dez Mandamentos estão personificados e manifestados em plenitude como estão na vida de Jesus.
Assim como a lei de Deus exige que não tomemos o seu nome em vão, também Jesus nos ensina a orar: “Santificado seja o teu nome” (Mateus 6.9). A oração expressa o nosso desejo de guardar o terceiro mandamento. Ela também expressa a nossa necessidade da graça de Deus para esse fim. A oração é um reconhecimento de que o próprio Deus provê para nós aquilo que ele exige de nós.
Na Escritura, o nome de Deus é um meio de Ele revelar a Si mesmo. Gênesis 4.26, há uma referência a pessoas invocando o nome do Senhor – não porque Deus lhes houvesse dito o seu nome pactual, mas porque Ele falou e revelou a si mesmo. Depois, contudo, Deus de fato tornou o seu nome conhecido. Ele se revelou a Moisés como o grande “EU SOU” (Êxodo 3.14) e declarou haver levantado Faraó para que o Seu Nome – a revelação da sua justiça e poder – fosse proclamada por toda a terra (Êxodo 9.16). Depois, o templo foi construído “ao nome do SENHOR” (1 Reis 3.2; 8.17) e aquele nome se tornou o objeto da adoração de Israel à medida que eles louvavam o nome de Deus por meio de cânticos (Salmo 69.30; 122.4).
Era o nome do Senhor que deveria ser posto “sobre” o povo de Israel, por meio da bênção araônica (Nm 6.24-27). O nome não era apenas um título ou um adjetivo, mas incluía o caráter e a sublimidade de Deus revelados para a salvação e a santificação do seu povo. Pelo nome de Deus eles são salvos e pelo nome de Deus eles são separados.
Esses temas são evidenciados na vida e na obra de Jesus. Ele veio à terra, por nós e para nossa salvação, em nome do Pai (João 5.43; 10.25). Ele viveu para glorificar o nome de Deus (Jo 12.28; 17.4) e para revelá-lo (Jo 17.6). Em nome de Deus Ele havia preservado o seu povo e naquele mesmo nome eles seriam guardados eternamente (Jo17.11-12). O nome de Deus, posto sobre o seu povo pelo batismo (Mt 28.19), seria o nome pelo qual o Espírito Santo viria para confortá-los e ouvir-lhes as orações (Jo 14.26; Jo 16.23). É o nome de Deus que assegura a vida eterna a todos os que creem (Jo 20.31).
O terceiro mandamento nos ensina a ser ponderados de alma e língua, para não falarmos do próprio Deus e de seus mistérios senão de modo reverente e muito sóbrio, para que, ao avaliar suas obras, não concebamos senão o que é digno de honra diante d’Ele”. Esse senso de honra vinculado ao nome de Deus é o que caracteriza uma vida de santidade e uma adoração genuína. Tanto em nosso serviço como em nossa adoração, devemos pensar nas coisas de Deus com adoração e reverência, sabendo que o fato de Deus haver se revelado a nós pelo nome é, em si mesmo, um imenso ato de graça.
É exatamente por causa desse mandamento que os judeus nunca se referem a Deus pelo seu nome. Quando se referem a Ele usam, de forma alternativa, as palavras "Senhor" ou "Eterno". E a mesma abordagem pode ser encontrada em muitas traduções da Bíblia: quando aparece "SENHOR" (Adonai, no hebraico) é porque no texto original consta o nome de Deus.



É errado jurar em nome de Deus, no caso de um assunto sério? É sim!! Note, porém, que a proibição não vem do terceiro mandamento e sim de uma ordenança específica, proibindo esse tipo de prática, dada pelo próprio Jesus (Mt 5:33-37).

  
PARA COMPREENDER O HORROR DO PECADO DE TOMAR O NOME DE DEUS EM VÃO, NÓS DEVEMOS NOS LEMBRAR QUE O NOME DE DEUS É SANTO, COMO ELE É SANTO.

É por isso que encontramos tantas referências nas Escrituras, quanto ao santo nome de Deus.
ü  Na chamada à adoração do Salmo 39:3
ü  Novamente no Salmo 103:1  e Sl 111:9
O que isso significa? Que Deus é Santo, que Ele é totalmente separado, a Quem ninguém pode ser comparado. Ele está separado por um abismo infinito de tudo quanto é chamado de criatura. Significa que como o Único Bom, o Deus infinitamente , requer a Sua própria glória em todas as coisas.
Com relação a nós, que em Cristo Jesus somos chamados santos, santidade significa que somos consagrados ao Deus vivo e à Sua glória, que as nossas vidas estão centradas nEle, para Seu louvor.
Seu nome, portanto, é um nome que está colocado à parte, não é um nome comum! O Seu nome é único, separado e infinitamente acima de todos os outros! Este é o princípio básico que sublinha este terceiro mandamento. Então, é como se nesse mandamento, Deus falasse ao Seu povo: “Eu sou Javé seu Deus, seu Redentor. Não há outro Deus, não há outro Salvador. Eu revelei o Meu nome, de modo que vocês possam conhecer-Me e glorificar-Me, santificando-Me em seu coração e em sua vida. Cuidem para não tomarem o Meu nome em vão, pois Eu não considerarei inocente aquele que tomar o Meu nome em vão."

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