O
nome de Deus é tão importante ao ponto de ser solenemente protegido nos Dez
Mandamentos por uma proibição de que se tome seu nome em vão (Êx 20.7). A
violação dessa lei é uma ofensa capital - Lv 24.16. Levítico cita uma variedade
de exemplos do que esse abuso do nome divino inclui: oferecer os filhos a
Moloque (Lv 18.21), jurar falsamente (Lv 19.12), os sacerdotes cortarem as
extremidades da barba (Lv 21.5-6). Essa grande variedade de violações ao
mandamento mostra que tomar o nome do Senhor em vão envolve não apenas falá-lo
de modo errado, mas inclui vivê-lo de modo inadequado.
Êxodo
20:7 -O mandamento contra o uso indevido do nome de Deus, ensina que as pessoas
não podem tomar algo que é sagrado e empregá-lo de forma indevida (em vão). Vamos ver a seriedade e o santo temor nos
quais devemos estar perante o nome de Deus. Pois o nome de Deus é certamente o
assunto deste mandamento.
Será
que este mandamento se refere a apenas dominarmos a nossa língua para não
misturarmos o nome de Deus em expressões banais, tais como: "Meu Deus do
Céu", "Deus é brasileiro", "Ai meu Deus" ou "Por
Deus"? Ou ainda "Se Deus quiser", "Que Deus te ajude e a
mim não desampare"? Será mesmo que o terceiro mandamento se refere
exclusivamente a esses ditados populares que sequer existiam na época em que
ele foi proferido por Deus?
A
ética de Jesus é a ética dos Dez Mandamentos. Ele ensinou o Seu povo a viver
por essa regra e Ele mesmo o fez. Ele é a própria encarnação da obediência a
Deus; em nenhum outro lugar os Dez Mandamentos estão personificados e
manifestados em plenitude como estão na vida de Jesus.
Assim
como a lei de Deus exige que não tomemos o seu nome em vão, também Jesus nos
ensina a orar: “Santificado seja o teu nome” (Mateus 6.9). A oração expressa o
nosso desejo de guardar o terceiro mandamento. Ela também expressa a nossa
necessidade da graça de Deus para esse fim. A oração é um reconhecimento de que
o próprio Deus provê para nós aquilo que ele exige de nós.
Na
Escritura, o nome de Deus é um meio de Ele revelar a Si mesmo. Gênesis 4.26, há
uma referência a pessoas invocando o nome do Senhor – não porque Deus lhes
houvesse dito o seu nome pactual, mas porque Ele falou e revelou a si mesmo.
Depois, contudo, Deus de fato tornou o seu nome conhecido. Ele se revelou a
Moisés como o grande “EU SOU” (Êxodo 3.14) e declarou haver levantado Faraó
para que o Seu Nome – a revelação da sua justiça e poder – fosse proclamada por
toda a terra (Êxodo 9.16). Depois, o templo foi construído “ao nome do SENHOR”
(1 Reis 3.2; 8.17) e aquele nome se tornou o objeto da adoração de Israel
à medida que eles louvavam o nome de Deus por meio de cânticos (Salmo 69.30;
122.4).
Era
o nome do Senhor que deveria ser posto “sobre” o povo de Israel, por meio da
bênção araônica (Nm 6.24-27). O nome não era apenas um título ou um adjetivo,
mas incluía o caráter e a sublimidade de Deus revelados para a salvação e a
santificação do seu povo. Pelo nome de Deus eles são salvos e pelo nome de Deus
eles são separados.
Esses
temas são evidenciados na vida e na obra de Jesus. Ele veio à terra, por nós e
para nossa salvação, em nome do Pai (João 5.43; 10.25). Ele viveu para
glorificar o nome de Deus (Jo 12.28; 17.4) e para revelá-lo (Jo 17.6). Em nome
de Deus Ele havia preservado o seu povo e naquele mesmo nome eles seriam
guardados eternamente (Jo17.11-12). O nome de Deus, posto sobre o seu povo pelo
batismo (Mt 28.19), seria o nome pelo qual o Espírito Santo viria para
confortá-los e ouvir-lhes as orações (Jo 14.26; Jo 16.23). É o nome de Deus que
assegura a vida eterna a todos os que creem (Jo 20.31).
O
terceiro mandamento nos ensina a ser ponderados de alma e língua, para não
falarmos do próprio Deus e de seus mistérios senão de modo reverente e muito
sóbrio, para que, ao avaliar suas obras, não concebamos senão o que é digno de
honra diante d’Ele”. Esse senso de honra vinculado ao nome de Deus é o que
caracteriza uma vida de santidade e uma adoração genuína. Tanto em nosso
serviço como em nossa adoração, devemos pensar nas coisas de Deus com adoração
e reverência, sabendo que o fato de Deus haver se revelado a nós pelo nome é, em
si mesmo, um imenso ato de graça.
É
exatamente por causa desse mandamento que os judeus nunca se referem a Deus
pelo seu nome. Quando se referem a Ele usam, de forma alternativa, as palavras
"Senhor" ou "Eterno". E a mesma abordagem pode ser
encontrada em muitas traduções da Bíblia: quando aparece "SENHOR" (Adonai, no
hebraico) é porque no texto original consta o nome de Deus.
|
PARA COMPREENDER O HORROR DO
PECADO DE TOMAR O NOME DE DEUS EM VÃO, NÓS DEVEMOS NOS LEMBRAR QUE O NOME DE
DEUS É SANTO, COMO ELE É SANTO.
É
por isso que encontramos tantas referências nas Escrituras, quanto ao santo nome de Deus.
ü Na chamada à adoração do Salmo
39:3
ü
Novamente
no Salmo 103:1 e Sl 111:9
O
que isso significa? Que Deus é Santo,
que Ele é totalmente separado, a Quem ninguém pode ser comparado. Ele está separado por um abismo infinito de tudo
quanto é chamado de criatura. Significa que como o Único Bom, o Deus infinitamente , requer a Sua própria glória em todas as coisas.
Com
relação a nós, que em Cristo Jesus
somos chamados santos, santidade
significa que somos consagrados ao Deus vivo e à Sua glória, que as nossas
vidas estão centradas nEle, para Seu louvor.
Seu nome,
portanto, é um nome que está colocado à parte, não é um nome comum! O Seu nome é único, separado e infinitamente acima de todos os
outros! Este é o princípio
básico que sublinha este terceiro
mandamento. Então, é como se nesse mandamento,
Deus falasse ao Seu povo: “Eu sou Javé seu Deus, seu Redentor. Não há outro
Deus, não há outro Salvador.
Eu revelei o Meu nome, de
modo que vocês possam conhecer-Me e glorificar-Me,
santificando-Me em seu coração e em sua vida. Cuidem para não tomarem o Meu
nome em vão, pois Eu não
considerarei inocente aquele que tomar o Meu nome em vão."
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