quarta-feira, 18 de maio de 2016

Os 10 Mandamentos - 4º Lembra-te do dia de sábado para o santificar


O bom mandamento de Deus Ex 20:8-11


Você já dormiu por algumas horas, acordou, mas continuava cansado? Às vezes, nós sabemos como é isso, porque nosso coração e mente estão tão cheios e ansiosos que não conseguimos descansar bem. Nós, às vezes, acordamos ou voltamos das férias cansados, apesar de termos descansado.
No texto acima, fica claro que Deus dá o descanso do sabá como um mandamento. Contudo, nós frequentemente esquecemos que, ao nos lembrarmos do “dia de sábado, para o santificar”, Deus deseja que usemos aquele dia para ele: “o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus”. O que isso significa? Significa que um dia em sete – não um dia da nossa própria escolha, mas um dia escolhido por Deus e diferente dos outros dias – deve ser posto à parte para o serviço do Senhor.
E este comando está alicerçado tanto na criação como na redenção. Em Êxodo 20, a criação serve como fundamento: “porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra […] e, ao sétimo dia, descansou” (v. 11). A semana da criação serve como um padrão para as nossas semanas criativas: assim como Deus trabalhou seis dias e descansou um, assim também devemos fazer. Mas, em Dt 5:15, este mandamento encontra a sua base na redenção: “porque te lembrarás que foste servo na terra do Egito e que o SENHOR, teu Deus, te tirou dali com mão poderosa e braço estendido”. Porque Deus redimiu o seu povo do cativeiro com o sangue dos cordeiros primogênitos, a vida deles e o seu tempo pertenciam ao Senhor. Ele exigiu o sabá como uma testemunha, as “primícias” da semana, um testemunho da sua obra redentora.

O dom gracioso de Cristo

A expectativa e o mandamento do sabá encontram o seu cumprimento e sua contínua validade em Cristo. Isso porque o próprio Jesus apontou para o alívio que aquele dia representava. Longe de acabar com o sabá, Jesus o encheu de significado para o seu povo.
Em Lucas 4.16-21, Jesus foi para a sinagoga no dia do sabá, “segundo o seu costume”. Ele tomou o rolo e leu em Isaías 61, declarando: “Hoje, se cumpriu a Escritura que acabais de ouvir”. O elo entre o sabá e o Messias estava claro: o prometido sabá de descanso e regozijo, retratado na criação e na redenção, havia chegado em Jesus. Ele traz as boas novas, o favor do Senhor, a liberdade, a visão e a libertação.
Jesus amava curar no sabá. Isso parece claro em Lucas 13.10-17. Os fariseus ficam furiosos com Jesus. A sua resposta: “Não deveria esta mulher ser liberta deste cativeiro no dia do sabá?”. Não é apropriado e correto? A criação e a redenção se encontram no dia do sabá para apontar o dom gracioso de Cristo, que traz verdadeiro renovo, descanso e repouso.

Jesus faz essas coisas por ser ele o Senhor do sabá (Mc 2.23-28). Ele é o doador do sabá, enquanto Criador. Ele é aquele de quem o sabá testifica. E, como Redentor, Ele começou o tempo de novo por meio da ressurreição. Com efeito, no domingo da sua ressurreição, o tempo começou de novo; o primeiro dia da nova criação começou. O descanso sabático tem o seu significado assegurado no domingo da ressurreição, tornando-se o dia do culto cristão (1 Coríntios 16.2), de fato infelizmente, é cada vez mais comum crentes desfrutarem do domingo de modo muito semelhante aos não convertidos. Nós nos lembramos deste dia para o serviço do Senhor em culto e misericórdia, em resposta ao bom mandamento de Deus e ao gracioso dom de Cristo.


Nós que confiamos em Jesus, não apenas encontramos descanso para a nossa alma de domingo a domingo, mas também temos a promessa de entrarmos no descanso sabático final (Hebreus 4.9-10). Nós testificamos, a cada semana, que já temos descansado de nossas obras – de nossas tentativas de apaziguar Deus ou de merecer o seu favor. Em vez disso, nós “descansamos em Jesus e o recebemos”. Nele, encontramos descanso para a nossa alma (Mateus 11.28-30).
É por isso que o dia do sabá traz verdadeiro descanso e repouso. Nós não estamos num frenesi, tentando merecer o favor de Deus. Em vez disso, o próprio Senhor do sabá nos ressuscitou e nos ressuscitará dentre os mortos (Efésios 2.4-6).

Duas coisas são ainda dignas de nota. 1º -  o convite de Jesus ao desfrute do verdadeiro descanso – um repouso disponível, não em um dia específico, mas na comunhão com ele. 2º lugar, percebemos a menção da “consumação” do trabalho de Jesus em uma sexta-feira, o descanso de seu corpo na sepultura no sábado e sua ressurreição no domingo (Jo 19.30-31,38-42; 20.1,19). Esses dados bíblicos preparam o terreno para a mudança completada no restante do NT.

A graça do quarto mandamento é que Deus promete nos dar verdadeiro descanso e verdadeiro repouso ao encontrarmos o nosso descanso nele. Ao nos lembrarmos do dia do sabá, ao santificarmo-lo ao Senhor, descobrimos que começamos a entrar no descanso que Deus oferece e a obter um antegozo do descanso celestial por vir, o descanso nos novos céus e na nova terra.
O Sábado foi feito para o homem descansar em Deus, e não o homem foi feito para ser escravo do Sábado (Marcos 2. 27), porém, os fariseus haviam criado mais de mil e quinhentas regras em cima do Sábado de Deus, colocando um fardo pesado nas costas dos homens, e invalidando o quarto mandamento de Deus.
O apóstolo Paulo em Romanos 13. 10, disse que o cumprimento da lei é o amor: Hora se amas a Deus, guarda os seus mandamentos como Ele está pedindo e não por causa das tradições dos homens que invalidam a forma como Deus ordenou que guardássemos o Sábado. (Livres da lei -  Efésios 2:14-15 - Gálatas 5:4­)

Jesus guardou o sábado? Certamente que sim.  Jesus era um judeu nascido sob a lei (Gálatas 4:4) e, portanto, obedeceu a todas as leis do Velho Testamento.  Jesus foi circuncidado, ordenou a entrega de oferendas ao sacerdote, pela purificação, guardou a Páscoa, etc. (Lucas 2:21p; Mateus 26:18-19).  Mas quando Jesus morreu, ele inaugurou a nova aliança e revogou a velha.  Se o fato que Jesus guardou a Páscoa não prova que nós também deveríamos guardá-la, então o fato que Jesus guardou o sábado não prova que nós deveríamos guardá-lo também.

CONCLUSÃO 
Esse mandamento era o símbolo da aliança entre Deus e Israel no Sinai. Todo trabalho, toda obra deveria cessar nesse dia. Durante ele, todo Israel adorava a Deus e relembravam a sua libertação do Egito. Para nós entretanto, mais do que falar de um dia separado, para que sejamos mais religiosos, o sábado apontava para o descanso que haveria em quem viesse a crer na graça salvadora de Jesus pela cruz. No AT, só se achegava a Deus e recebia perdão por meio de obras de sacrifício. Era trabalhoso, cansativo seguir tantas prescrições que a Lei ordenava. Então, assim como Deus desancou no final da criação, o sabá era o descanso para o povo, lembrando que haveria um descanso redentor que viria, no caso, Jesus. Hoje não é mais por obra de merecimento, mas somente pela confiança na graça que nos faz estar no descanso eterno do Senhor, sem depender de religião, sacrifício, oferta ou qualquer outro intermediário para se chegar à Deus. Quem crê que Jesus já finalizou a obra salvadora pagou todo o preço pela remissão dos pecados entra no descanso divino, no sabá, onde deve-se santificar todos os dias ao Senhor e busca-Lo com todas as forças e coração sincero.


APLICAÇÃO PESSOAL - Se lembrarmos o que o estudo nos disse que Jesus, na Sua ressurreição, inaugura um novo tempo, iniciado ao domingo, pensemos junto: Quais têm sido suas prioridades aos domingos? Obedecer à lei do Senhor é importante ou algo pelo que se pode “passar por cima”? O que você pode fazer para organizar suas atividades de modo a ter o domingo dedicado a Deus? 

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