segunda-feira, 25 de abril de 2016

Os 10 mandamentos - 1º Não terás outros deuses diante de miml


No 3º mês de saída do Egito, depois de se acamparem no Sinai, Moisés foi chamado à montanha a encontrar-se com Deus. Israel ia ser agora tomado em uma relação íntima e peculiar para com o Altíssimo — sendo incorporado como uma nação sob o governo de Deus. Ex 19:4-6 Os Dez Mandamentos ou o Decálogo é o nome dado ao conjunto de leis (regras) escritas por Deus em duas tábuas de pedra e entregues a Moisés em Horebe na península do Sinai.


Península do Sinai: Península montanhosa e desértica do Egito, entre os golfos de Suez e Aqaba. Tinha uma planície de 4000 mt de comprimento por 800 Mt de largura, tamanho suficiente para que ficassem acampados os cerca de 11 meses que durara este evento.
“Uma península é uma Região cercada de água por todos os lados, excepto por um, pelo qual se liga a um continente, chamado istmo.”

 Moisés voltou ao acampamento e tendo convocado os anciãos de Israel, repetiu-lhes a mensagem divina:  Ex 19:7- Assim entraram em um concerto (aliança) solene com Deus, comprometendo-se a aceitá-Lo como seu Governador, pelo que se tornavam, em sentido especial, súditos sob Sua autoridade.
Deus fez da ocasião em que falaria a Sua lei uma cena de terrível grandeza, à altura do exaltado caráter da mesma. O povo deveria entender de que todas as coisas ligadas ao serviço de Deus, deviam ser consideradas com a maior reverência Hb 12:21 - Dt 33:2,3.
Não fora proferida naquela ocasião exclusivamente para o benefício dos hebreus. Deus os honrou, fazendo deles os guardas e conservadores de Sua lei, mas esta deveria ser considerada como um depósito sagrado para todo o mundo. Os preceitos do Decálogo são adaptados a toda a humanidade, e foram dados para a instrução e governo de todos. Dez preceitos breves, compreensivos, e dotados de autoridade, abrangem os deveres do homem para com Deus e seus semelhantes; e todos baseados no grande princípio fundamental do amor. “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo”. Lc 10:27; Dt 6:4,5; Lv 19:18. Nos Dez Mandamentos estes princípios são apresentados pormenorizadamente, e aplicáveis às condições e circunstâncias do homem.

1ºMandamento - Êxodo 20:1-3

 — Essa declaração é o ponto de partida do pacto, pelo qual Deus revela quem ele é e o que fez pelo seu povo pactual. Desse indicativo fluem todos os imperativos dos Dez Mandamentos e, assim, Deus revela qual o significa dele ser o nosso Deus e sermos o seu povo. Essa é a estrutura do pacto e a lente pela qual nós devemos entender a nossa obediência aos preceitos divinos.
A graça de Deus é o fundamento necessário da nossa obediência. Ele é o Deus que guarda a aliança e que fez promessas a Abraão, Isaque e Jacó, como o nome pactual SENHOR (Javé) significa. Ele é também o Deus criador que, sozinho, fez os céus e a terra, como o nome Deus significa. 
O Senhor, o Ser eterno, existente por Si mesmo, incriado, sendo o originador e mantenedor de todas as coisas, é o único que tem direito a reverência e culto supremos. O Senhor é o único e verdadeiro Deus. Na realidade, não há outro Deus. O que há é a tentativa de criaturas caídas, em roubar a glória que só pertence a Deus. Proíbe-se ao homem conferir a qualquer outro objeto o primeiro lugar nas suas afeições ou serviço. Na atualidade, teologicamente falando, seguimos uma conduta monoteísta, não cultuamos outros deuses. Entretanto, há circunstâncias em que objetos, eventos ou pessoas se tornam tão ou até mais importantes do que Deus para nós. A atualidade vive uma vida em busca do material, não se importando tanto com o espiritual. A busca por receber objetos, posses, prosperidade puramente materialista, a traves de uma dita espiritualidade, vai se constituir em um tipo de culto ao que é perecível e passageiro. O que quer que acariciemos que tenda a diminuir nosso amor para com Deus, ou se incompatibilize com o culto a Ele devido, disso fazemos um deus.
É uma realidade assombrosa que nós, como Israel desfrutemos de um relacionamento tão mesclado com Deus. De um lado, Deus os tirou do Egito (e nos livrou do mundo e a escravidão do pecado) para que pudéssemos guardar os próprios preceitos que Ele deu, começando com o 1º mandamento – não ter outros deuses diante de Javé. Ao mesmo tempo, a pecaminosidade dos seus (e nossos) corações é exposta pelos mandamentos que o Senhor deu. Os preceitos demandam não apenas uma obediência externa, mas também uma obediência do coração. Apenas Deus é digno do amor e da adoração deles. Nenhum outro deus os havia salvado; nenhum outro deus poderia sustentá-los; e com nenhum outro deus o Pastor de Israel dividiria a afeição e a lealdade deles.
O 1º mandamento é frequentemente repetido no relacionamento pactual entre o Senhor e Israel. Deus frequentemente os lembrava de quem Ele é, do que fez por eles e de que eles não deveriam permitir que falsos deuses se colocassem entre Ele e o seu povo. Como Deus se descreve em Oséias, ele havia se casado com Israel e era um marido perfeitamente fiel à sua esposa; o que ele esperava dela era o amor e a fidelidade do coração, da alma e da força. Infelizmente, apenas afirmar e reafirmar as suas expectativas não despertou o amor e a fidelidade que Deus desejava de Israel. Com o tempo, o coração de Israel, espelhando o nosso próprio, ansiou por outros deuses e se apartou dos preceitos da aliança. Deus teria de fazer algo radical, algo invasivo, algo que o seu povo não poderia fazer por si mesmo, a fim de libertá-los e nos libertar da infidelidade dos nossos corações. Em síntese, outro êxodo precisaria ocorrer, trazendo uma superior salvação.
E é por essa razão que o Evangelho de João descreve Jesus não apenas como o Deus de Israel em carne, mas também como um novo Moisés, o qual veio para efetuar uma melhor redenção. Assim como Deus foi adiante de Israel, também Jesus foi adiante de nós, todo o caminho até a cruz. Ele nos mostrou o que significava não ter “outro deus” diante do seu Pai nos céus, pois Jesus não apenas obedeceu a lei do Senhor, ele também amou o Senhor, seu Deus, de todo o seu coração, alma e força. O seu amor e lealdade para com o seu Pai Celeste foram tão inconfundíveis quanto o seu amor e lealdade para conosco. O seu amor foi demonstrado no modo como ele amou aqueles que seu Pai amou e no modo como ele entregou a si mesmo como o sacrifício pelos nossos pecados.
Dia após dia, precisamos ser lembrados do infalível amor de Deus por nós em Cristo. Também precisamos andar em novidade de vida, em amorosa obediência a Deus, dando-lhe a primazia em nossos corações. Nós somos a igreja de Cristo e, nele, fomos lavados, remidos e amados. Nós amamos e obedecemos seus preceitos porque, dos céus Ele desceu e nos buscou para fazer-nos Sua noiva santa; com o Seu próprio sangue nos comprou e por nossa vida Ele morreu. 

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