O
mundo vive em prol dos prazeres dessa vida. Essa sociedade tenta ludibriar a
gente com os seus encantos, todos estão em busca do prazer e felicidade,
tentando evitar toda dor e sofrimento, buscando seus próprios confortos. O que
não é grande problema, Jesus não os condena. O problema está quando, como
cristãos, perdemos nossa visão do eterno que vem de Deus e focamos apenas nessa
vida dizendo: ‘tenho que aproveitar ao máximo essa vida’ – CARPE DIEM aproveite
a vida ao máximo! Não é o que a sociedade faz?! A perda da visão espiritual
gera 'CARPE DIEM'! Sem a perspectiva do alto, nos tornamos desanimados,
revoltados, bravos com nosso trabalho, patrões e vida. A visão de Deus muda
tudo.
Há
em geral 2 tipos de cristãos. 1 – Que acham que todo tipo de atividades do
mundo são más e possuem um estilo de vida quase gnóstico. 2 - Os que consideram o engajamento com o
mundo tão bom, que suas vidas não passam de ação social. Perdem o
discernimento.
Há
na bíblia vários relatos de pessoas que viveram fora do ambiente teocrático, ou
seja, fora do meio ‘cristão’ para nosso contexto, e ainda assim viveram
integramente.
Ester
– José e Daniel – que passaram suas vidas fora de Judá e do contexto de Deus, e
não exerceram suas atividades santas só em atividades particulares,
individuais, mas fizeram isso a medida que estavam engajados na atividade
pública. Daniel e seus amigos não eram santos apenas em seus quartos em
momentos de oração, mas diante do seu mundo e do rei.
Daniel 3 - A história desse três começa de uma forma
muito difícil. Tudo sendo exigido num ambiente politeísta. Nada indica que o
rei estivesse exigindo lealdado apenas a ele. Para os outros povos, não era
problema aderir a mais um deus. O problema estava para os três que sabiam que
Deus é o único que pode ser adorado.
O mundo não exige que você adore só a ele, ele
põe pressão para o adorarmos, mas não exige que fiquemos só com ele. Em geral o
cristão não é impedido de exercer suas funções de culto, de adorar a Deus no
seu particular. Não somos proibidos de ter nossa religião, mas somo impedidos
de abandonar os deuses aclamados pela sociedade. Há deuses que a sociedade põe
e são tidos como importante, ela não diz deixe de adorar a Deus Pai de Jesus, ela
diz, a religião é sua, mas não deixem de adorar os deuses dessa época.
Vejamos alguns exemplos de como o
mundo articula sua adoração
exemplo 1
- A retirada do foco: - para a sociedade não é problema
que o cristão tenha seu domingo de culto, contanto que o sábado seja completo
com lazer, gastos, e todo tipo de atividade sem um preparo para o domingo de
adoração. Já percebeu que toda programação especial da TV, eventos esportivos e
todo tipo de show e eventos em geral acontecem no final de semana? Porque? Por
que se acontecessem no meio da semana, trariam prejuízo às empresas, mas no
final de semana não, afinal a maioria de nós não está trabalhando, e como a
maioria não está trabalhando, se traz prejuízo para igreja, que traga! A coisa
é planejada de tal foram que sábado e domingo são palcos de grandes eventos,
então se você tem um Deus e quer ser fiel a Ele, trabalhe sua agenda, mas os
grandes eventos vão acontecer no final de semana! Esse é um exemplo de como o
mundo não impede você de ir à igreja, mas faz o possível para te confundir.
exemplo 2 –
silenciar sua fé:
- você pode ter sua religião, mas não pode compartilhar isso com seu colega de
trabalho. Uma coisa é você ter seus valores, mas não venha trazer aqui para o
trabalho!
exemplo 3 - O
gerar do individualismo: - por conta desse estilo mundano que é nosso contexto, temos
nos tornado individualistas e perdemos o senso de comunidade. Não falamos
coisas de nossa vida para ninguém e se virmos um irmão cometendo atos errados,
recorremos às autoridades para resolverem, pois pensamos quem sou eu para
falar. Temos a impressão que não é de nossa conta, pelo individualismo que fora
gerado em nós, parecemos clube, onde pessoas se reúnem, mas não compartilham.
exemplo 4 a
idolatria é implantada: - Os ídolos são coisas boas elevadas a um nível pecaminoso. E quando a
igreja se torna devota de muitos deuses, se torna vã.
Nossa sociedade atual não é fundamentalmente diferente dessas
antigas culturas. Cada uma delas é dominada por seu próprio conjunto de ídolos.
Cada uma tem o seu “sacerdócio”, seus totens e rituais. Cada uma delas tem seus
templos – sejam eles torres empresariais, spas, academias, estúdios ou estádios
– onde os sacrifícios têm de ser feitos para que as bênçãos da boa vida sejam
obtidas e os desastres sejam evitados. Quais são os deuses da beleza, do poder,
do dinheiro, e do sucesso, se não os que assumiram proporções míticas em nossa
vida individual e em nossa sociedade? Podemos não ajoelhar fisicamente diante
de uma estátua de Afrodite, mas muitas jovens de hoje são levadas a depressão e
disfunções alimentares por uma preocupação obsessiva com a imagem. Podemos não
queimar incenso a Ártemis, mas, quando o dinheiro e a carreira são elevados a
proporções cósmicas, realizamos algo como um verdadeiro sacrifício de criança,
negligenciando a família e a comunidade para conquistar um lugar mais elevado
no mundo empresarial e angariar mais riqueza e prestigio. ELES BUSCAM NESSAS COISAS ALGO QUE SÓ DEUS PODE DAR – SIGNIFICADO,
SEGURANÇA E FELICIDADE. Pr Tim Keller
O
alvo do congresso é para atentarmos ao mal mais sutil do que aqueles pecados
gritantes que sabemos claramente que devemos abandonar, mas àqueles que amamos
e não são tão gritantes assim. Acreditamos nas coisas celestiais, mas
nosso investimento de tempo e dinheiro mostra que não pensamos nas coisas lá do
alto. É normal ouvirmos “trabalho duro para dar o melhor para minha família” –
pressupõe-se que o melhor para família são coisas que o dinheiro pode comprar. Pensamos
em estudo, oportunidade de viagem, ajuda para começarem suas carreiras, um
incentivo no início do casamento, pensamos em coisas passageiras e isso até no
meio cristão.
Vivemos
hoje com um ídolo chamado ‘eu’. Tanto que a tv e grande parte das literaturas
incentivam a pessoa a acreditar que elas podem fazer o que quiserem. Atletas
dizem você também pode chagar onde cheguei, vá atrás dos seus sonhos! Isso é
tão falso que engana tanta gente e essa filosofia avança mais a cada dia. A
pressão para sermos assim vem dos dois lados, do mundo que quer que sejamos
assim, e dos cristãos mundanos que nos forçam a ser como eles. Temos que vencer
esse pensamento mundano, para vencermos o mundo. Por isso precisamos tomar
cuidado com algumas propostas trazidas por irmãos que desejam ser relevantes! O
fato de desejarmos ser relevante pode tornar difícil de separar igreja de
mundo. Precisamos ficar fortes à pressão, sofremos risco de rejeição, e temos
que lutar com a necessidade de auto aceitação e o medo de ficar só que
sofremos.
Agora
vamos pensar que como cristãos, temos um único Deus e Senhor. O mundo não se
importa de ser ‘a outra’, Deus nos quer como única esposa! O mundo diz, pode
ficar com Deus, mas abra espaço para mim. Nessa hora muitos cristãos cedem e os
que não querem ceder, tem que saber que tem um preço a pagar. O discurso do
mundo é pragmático, sempre dá certo. É empolgante e te diz, você vai ser
alguém! Apenas se renda a mim.
E como no dia da fornalha é
imprescindível lembrar que não estamos só nessa luta contra o mundo. A presença
de Jesus está para nos livrar do mal, Ele é o personagem principal dessa
história. Ele que venceu o mundo, nós vencemos a pratica mundana. Porque Ele
vence, nós podemos vencer. Somos incentivados a perseverar e crer!
Disse Jesus em oração ao Pai: Não peço
que os tires do mundo, e sim que os guardes do mal. João 17:15
Prª Patrícia Nanni
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